Postado em 05/07/2018 | Compartilhar com


CAFÉ COM SABOR DE BOA PROCEDÊNCIA  
As certificadoras ganharam supremacia, prestigio e notoriedade muito além do esperado.


 

 

Aquele tempo em que o consumidor escolhia uma marca de café pela embalagem e que a fidelização era resultado apenas da sua empatia pelo sabor da bebida ou o cheiro, ficou para trás. Com os recursos tecnológicos de hoje e um mundo cada vez mais globalizado, a commodities café gira o país e o mundo, porém com certificados de procedência cada vez mais detalhados, explicados, comprovados.

A mecânica desse mercado é simples: o consumidor existe, está disposto a pagar por um processo de produção específico, em acordo com a sua preferência e que resulte em um produto em sintonia com o que ele acredita e defende. Traduzindo: ele quer café com a qualidade “x” e quer saber de onde vem, como foi plantado, colhido, às condições ambientais e sociais envolvidas para que aquela bebida saborosa, estivesse ali, enfim, na sua xícara.

Se é possível tomar um excelente café e ainda contribuir para que o meio ambiente seja preservado, assim como toda a cadeia de humanos envolvidos, do plantio a xícara, esse consumidor vai cuidar de se cercar de todos esses cuidados, sim. E quem estiver na contramão vai ter que achar outro público para vender seu café, provavelmente, por um preço bem inferior.

No horizonte desse mercado, que não para de crescer, despontam as certificadoras. Até bem pouco tempo atrás, elas eram meras certificadoras, aquelas controladoras de fazenda e beneficiamento de cafés “chatinhas pra caramba”, que ninguém botava muita fé.  Mas eis que a fila do mercado andou e fez a curva mais depressa do que muita gente supunha.   As certificadoras ganharam supremacia, prestigio e notoriedade muito além do esperado.

 

A MELHOR PROCEDÊNCIA QUE TEM

De olho nesse novo potencial do mercado, a Minasul tem procurado abrir para o produtor, mais essa porta. “Temos cafés excelentes e os compradores precisam saber disso”, resume Douglas Tenório, que trabalha com a certificação de café na Minasul há seis anos. De acordo com ele, há um reboliço no mercado de cafés especiais nos últimos tempos. “Aumentou a procura por cafés com procedência.  O consumidor está muito interessado na origem do café que consome e no caminho que ele fez até a sua xícara”, diz.

A Minasul, por sua vez, está cada vez mais conectada às possibilidades desse novo mercado e além de capacitar os produtores de cafés para produzir cada vez mais produtos de altíssima qualidade e conduta, também se encarrega de mostrá-los ao mercado mundo afora, através de feiras específicas, que funcionam como uma vitrine para os compradores de cafés especiais.

As certificadoras, conforme explica Tenório, são os olhos do consumidor, em cima do produto, numa viagem que começa lá na semente. “Esse consumidor quer café com procedência, vindo de propriedades que fazem jus à sua confiança. O respeito ao código de conduta é divisor de águas na hora de fechar negócio”, alerta. 

 

DO PONTO DE VISTA DO COMPRADOR

Para o comprador, a regra é simples: quem não preserva a própria propriedade e não protege as pessoas que ali vivem, é ALGUÉM digno de credibilidade, confiança? Vai cuidar bem do café que eu tomo?  A resposta ele quer ver estampada na embalagem, com informações completas, códigos de barra, sites que lhes permitam acessar o máximo de informações. A tecnologia disponível hoje lhe confere esse poder. Poder que as gerações mais novas usarão cada vez mais, com mais rigor, pois dominam as ferramentas.

As certificadoras, por sua vez, deram o alerta faz tempo. O que não se imaginava é que estivessem tão certas e que o mercado consumidor endossaria esse posicionamento tão rapidamente. “Hoje, quem tem cafés certificados está saindo na frente em tudo: na valorização do seu produto, na facilidade para negociação em mercados futuros, apoios para reinvestir e muito mais”, explica Douglas.

Sem nenhuma preferência por endereços, tamanho da lavoura, da propriedade, ou sobrenome do proprietário, as certificações surgem, simplesmente, eficazes, criteriosas e muito dispostas a selecionar tão somente o que lhes importa de fato: qualidade do café, associada ao currículo de cuidados com a propriedade e as pessoas envolvidas. Como o café foi plantado, cresceu, floresceu e tomou a forma de grão.

Grão que vale ouro do outro lado do mundo, mas precisa vir revestido de uma certeza: ter procedência decente, afinadíssima com um outro conceito de mercado que já começou a vigorar. O vale tudo, ficou para trás. O consumidor se empoderou de vez e agora quer tomar café, em paz com a vida, com o planeta e com os seus semelhantes. E o produtor descobriu que dá, sim, para ganhar dinheiro sendo muito cúmplice dessa nova ordem mundial.

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