Postado em 15/01/2020 | Compartilhar com
Entre os muitos caminhos para a exportação de cafés abertos pela Minasul, um deles, em especial, também tem levado os cafés com certificação Fair Trade. Para tanto, a cooperativa se preparou, providenciando toda a documentação e estrutura física adequada para armazenar os cafés que aguardam o momento de embarque. De acordo com o Diretor Comercial, Guilherme Salgado, este foi um ano difícil para as negociações do Fair Trade, mas elas têm acontecido e melhoraram bastante nas últimas semanas em função dos esforços da Minasul e da reação de preços do café comum.
Ele explica que a Minasul trabalha com a comercialização do Fair Trade, por meio de uma parceria com a Cooperativa dos Produtores de Café Especial dos Martins - Coopercafem, em Varginha. “Eles nos procuraram porque estavam com dificuldades para vender o Fair Trade no exterior em razão da baixa de preços e da falta de uma instituição mediadora. São trâmites jurídicos complicados e eles precisavam de apoio nesse sentido. Como a Minasul já tem todo o aparato para fechar essas vendas e representar o café brasileiro em feiras no exterior, incluir o Fair Trade não nos custa nada. É até bom ter uma opção a mais em nossa carteira de ofertas”.
De acordo com Salgado a procura e o aumento dos preços por café natural puxa a demanda pelo Fair Trade. “O que acaba sendo bom para todo mundo. Para a Minasul, que passou a receber e exportar mais uma modalidade de café de excelência, e para os associados da Coopercafem, que precisavam desse canal para despachar o seu café para o exterior. Foi uma soma positiva para todos os lados de forma que todos saíram ganhando. Ao meu ver, essa é uma das funções mais nobres de todas as cooperativas: cooperar, juntar seus predicados para ajudar o produtor a ter mais sucesso na sua atividade”.
Fair Trade
A International Federation of Alternative Trade (Federação Internacional de Comércio Alternativo) define o Comércio Justo (Fair Trade, em inglês) como uma parceria comercial baseada em diálogo, transparência e respeito. Com isso, ela busca uma maior igualdade no comércio internacional, contribuindo para o desenvolvimento sustentável por meio de melhores condições de troca e garantia dos direitos para produtores e trabalhadores à margem do mercado, principalmente no Hemisfério Sul. É uma alternativa concreta e viável frente ao sistema tradicional de comércio.
“Estamos prontos para atender, com eficiência e muita satisfação, produtores e Associações de Fair Trade”, finaliza Salgado.