Postado em 21/08/2023 | Compartilhar com


Colheita de café chega a 80% na região de atuação da Minasul.
A colheita de café na região de atuação da Minasul já está na reta final


Colheita de café chega a 80% na região de atuação da Minasul

A colheita de café na região de atuação da Minasul já está na reta final. Com apenas 20% de café ainda a ser colhido, o produtor precisa ter resiliência para garantir eficiência nas atividades finais da colheita, que representa uma grande parcela dentro do custo de produção total e, tanto a operação manual quanto a mecanizada podem onerar ainda mais o custo, já que o preço do café oscilou muito nas últimas semanas.

“É muito importante o produtor participar dos movimentos, uma vez que ele não sabe para onde irão os preços. Juros altos, inflação, carrego baixo, somando ao bom andamento da safra 23/24 – inclusive com o potencial esperado para a safra 24/25, temos observado a bolsa de Nova York cair mais intensamente. O dólar subindo ajudou um pouco nos preços aqui no mercado interno. O que pode determinar um novo rumo no mercado será se a expectativa com o clima brasileiro se concretizar, no sentido de boas chuvas para boa florada”, detalhou o trader e gerente da mesa de operações da Minasul, Héberson Vilas Boas Sastre. Os preços no mercado físico recuaram um pouco na última semana. O indicador Esalq para a Bica Corrida tipo 6/7 foi cotado nesta sexta (18) a R$ 808,00 e um Duro/Riado a R$ 780,00. O que ajuda a não piorar foi a alta do dólar, já que bateu os R$ 5,00. Só em agosto, acumula alta de 5,5%.

Vale destacar que o volume colhido não significa café disponível no mercado. Embora a colheita chegue ao seu final nas próximas duas semanas, o café que será beneficiado nas propriedades só chegará ao seu destino de armazenagem dentro de 30 dias aproximadamente. “Parte do volume colhido ainda está em processo de secagem e beneficiamento. Algumas áreas mais altas estão um pouco atrasadas, pois tem maturação mais lenta e, portanto, a colheita se prolonga. Com isso acreditamos que o volume entregue nas cooperativas, de modo geral, esteja ao redor de 60%, sendo que as que estão nas áreas mais baixas e próximas de represa, por exemplo, tem um número um pouco maior”, comentou o coordenador de preparo da Minasul, Aércio Oliveira que destacou que, com relação a qualidade, a safra deste ano tem apresentado cafés graúdos e com baixo percentual de catação. “Porém, é importante destacar que em algumas regiões estamos encontrando muitos lotes com problema de bebida, cafés finos de aspecto e catação apresentando bebida riada e até xicaras rio”, finalizou o coordenador.

Voltando à lavoura, o que tem sido observado até o momento é uma desuniformidade na maturação dos grãos, o que também é normal, já que ano passado tivemos uma grande quantidade de floradas acima do que é comum. “O que vai acontecer nas próximas semanas é a antecipação das chuvas. Como temos café caído no chão, derivados da colheita, com a chuva, este fato pode intensificar e impactar na qualidade. O que o produtor deve fazer é acelerar essa fase final de colheita. Inclusive, neste final de semana, tivemos um pequeno volume de chuva em algumas áreas produtivas, mas há uma previsão de chuva intensa para o próximo final de semana”, orientou o engenheiro agrônomo da Minasul, Fabrício Alves.  

Em regiões mais altas e frias, considerando a desuniformidade dos grãos, o produtor que investe em qualidade, precisou entrar mais vezes na lavoura colhendo com máquinas ou manualmente, no que chamamos de colheita seletiva - que retira apenas os grãos maduros do pé. Pensando no período chuvoso e na possível falta de mão de obra, o produtor vai precisar adiantar, ainda, a varrição do café remanescente da colheita. Um outro alerta caso o produtor não faça o repasse na lavoura é a infestação de broca na safra seguinte. “Se ficar café na lavoura e no chão, a possibilidade de termos ataque por broca é alta. E, novamente, vai impactar no bolso do produtor”, finalizou Fabrício Alves.

Dados divulgados na segunda estimativa de safra feita pela CONAB, apontam colheita de 37,93 milhões de sacas de arábica. Para Flávio Rezende, produtor Minasul, com propriedades em Varginha, Três Corações e Carmo da Cachoeira, a safra está superando as expectativas. “Estou colhendo 20% a mais que a safra anterior.  A qualidade e aspecto estão excelentes. A desuniformidade de maturação de poucas semanas atrás já igualou e eu devo entregar todo o meu café até meados de outubro”.

O certo é que os desafios continuam para toda a cadeia produtiva. O clima no Brasil entre janeiro e março próximos vão determinar o rumo dos preços. A ferramenta Mercado Futuro continua sendo a melhor alternativa para que o produtor possa participar das oportunidades que o mercado oferece e a Minasul está preparada para ser a melhor opção a você, cooperado (a). Não tenha medo de participar do mercado vendendo, tenha medo sim de não vender e enfrentar longos períodos com preços abaixo do custo. Esperamos dias melhores sempre, mas a soberania do mercado ainda impera sobre os preços das commodities.

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