Postado em 23/09/2025 |
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Varginha continua liderando as exportações de Minas Gerais em 2025, mesmo após registrar queda de mais de 20% em agosto. A cidade do Sul de Minas já movimentou quase US$ 2 bilhões no acumulado do ano, tendo o café como seu principal produto de exportação. O desempenho reafirma a força da cafeicultura regional e consolida Minas Gerais como uma das maiores referências mundiais na produção e comercialização do grão.
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Varginha ocupa o primeiro lugar do ranking estadual de exportações, à frente de cidades como Guaxupé, que também se destaca pelo café, além de polos tradicionais em outros setores, como Araxá (ferro-ligas), Paracatu (ouro) e São Gonçalo do Rio Abaixo (minério de ferro). O resultado demonstra a relevância da cafeicultura no comércio exterior mineiro e o papel estratégico da cidade na economia estadual.
Mesmo com a retração em agosto, quando as exportações somaram cerca de US$ 170 milhões, contra mais de US$ 213 milhões em julho, o desempenho acumulado no ano supera com folga os números de 2024. Entre janeiro e agosto de 2025, apenas o oitavo mês ficou abaixo da marca de US$ 200 milhões em embarques, revelando um crescimento consistente e reforçando a sazonalidade natural do setor.
O protagonismo de Varginha está diretamente relacionado ao café. Além da tradição produtiva, o município conta com o Porto Seco e uma estrutura logística que facilita o escoamento da produção, garantindo agilidade e competitividade no mercado internacional. Outro ponto importante é o fato de que o município é a sede da Minasul, a segunda maior cooperativa de café do Brasil, que investe no fomento de uma produção cafeeira pautada não apenas na produtividade das lavouras, como também na qualidade dos grãos. O reconhecimento da qualidade dos cafés especiais da região tem impulsionado a valorização e a procura em diferentes países.
“Com quase US$ 2 bilhões exportados em 2025, Varginha não apenas assegura sua liderança em Minas Gerais, mas também projeta o estado no cenário internacional como sinônimo de excelência na produção de café. Essa posição reafirma a importância da cafeicultura mineira como motor econômico e como cartão de visitas do Brasil para o mundo.”, enfatiza Bernardo Reis Teixeira Lacerda Paiva, diretor-presidente da Minasul.